segunda-feira, 10 de agosto de 2009

5 - História dos Sobrenomes

Os cognomes, apelidos, sobrenomes ou nomes de família já eram utilizados na antiguidade, os romanos possuíam um sistema próprio de distinguir uma pessoa de outra pelo nome e por outros apostos a ele.
Pela história desse povo, julga-se que este sistema tenha surgido em épocas remotas e que já fosse de uso comum logo após o início da expansão do poderio de Roma, os romanos possuíam um sistema pelo qual identificavam no nome do indivíduo qual seu clã de origem, foi a primeira forma de identificar um grupo familiar em específico, porém, com a queda do Império Romano em 476 d.C. este sistema virtualmente deixou de existir, caindo em desuso.
Na idade média (476/1453) passou, pois, a vigorar tão somente o nome de batismo para designar, distinguir e caracterizar as pessoas. Fala-se em nome de batismo porque, na época da queda do Império Romano Ocidental, a península itálica já era praticamente toda cristã. Por outro lado, os povos invasores foram cristianizados em massa no período que se segue à desagregação do Império. O cristianismo se tornou um elemento aglutinador que aproximou todos esses povos.
O estabelecimento de vários povos estrangeiros introduziu uma variedade de nomes e palavras que paulatinamente foram sendo latinizadas, salientando-se que os povos estrangeiros não possuíam a tradição da sobrenominização das pessoas, fato este que influiu sistematicamente no abandono de tal costume.
O aporte de grande acervo de novos nomes, trazidos pelos povos invasores principalmente germânicos, o abandono da sistemática latina de individualizar pessoas, a influencia do cristianismo que difundia os nomes de seus mártires e santos criaram uma confusão generalizada. Os nomes se repetiam com freqüência o que tornava difícil distinguir um indivíduo de outro.
Surgiu então a necessidade de se estabelecer uma modalidade para se distinguir um cidadão de outro, para tal finalidade foram criadas algumas formulas que auxiliavam em tal distinção.
Na verdade, não foram estabelecidas normas baixadas por autoridades, mas sim o surgimento de um novo modo espontâneo na pena do escrivão, no convívio social e na linguagem popular que inventava formas para distinguir os dez ou vinte Johannes (João) que viviam na mesma comunidade.
Os primeiros registros do uso de sobrenomes familiares como hoje os conhecemos foram encontrados por volta do século VIII, ou seja, após o ano 701 d.C.
Na Inglaterra, por exemplo, só passaram a ser usados depois de sua conquista pelos normandos, no ano 1066. Foi só no início do renascimento que os cognomes voltaram a ter aceitação geral.
No ano de 1563, o Concílio de Trento concretizou a adoção de sobrenomes, ao estabelecer nas igrejas os registros batismais, que exigiam, além do nome de batismo, que teria de ser um nome cristão, de santo ou santa, um sobrenome, ou nome de família.


KONRAD
Origem e Significado

O sobrenome familiar Konrad foi classificado como sendo um patronímico, entende-se por patronímico (do grego patronymykós), relativo a (ou que indica), o nome dos pais. Vem de “Patronymykós”, composto de “Pater”, pai + “onima”, nome (nome do Pai).
Patronímicos são sobrenomes que consistem numa derivação do prenome paterno, ou seja, o sobrenome ou apelido derivado do prénome do pai ou de algum antepassado. Foi muito grande a generalização do uso de patronímicos como nome de família (sobrenome).
Esta idéia de se referir ao pai para identificar o filho foi muito difundida e utilizada por diversos povos de varias formas pelos levantamentos executados calcula-se que aproximadamente 37% dos sobrenomes conhecidos sejam classificados em patronímicos ou matronímicos. Diz-se também que são antroponímicos porque todos derivam de um nome próprio ou antropônimo.
Os patronímicos representam a grande maioria deste grupo, isto é, se originam do nome do paterfamília ou seja, do patriarca medieval, na verdade, o sobrenome só se fixou a partir da segunda geração.
No caso em estudo temos a palavra Konrad, nome próprio baseado no germanico Khuonrath, chuonrat, estes formados de Kuoni, chuon (ousado, audaz) e radha (conselho, assembléia, conselheiro) o sentido da união seria algo como “Conselheiro audaz” ou “Hábil no conselho”,o termo foi latinizado em Conradus e utilizado como nome próprio em diversas línguas, tais como: Kunrad, Kuhnert, Kunert, Kundert, Kuhnhardt, Kuhnd, Kundt, Kurth e variações, Konert, Kohnert, Kohrdt, Kordt, Kort (baixo alemão), Koenraad (Holandês), Kunrat, Konrad (Czech), Kondrat, Corradi, Corrado, Cunradi, Cunrado (Italiano), Kuhn, Kuhne, Kuhndel, Kiehnelt, Kaindl, Kaiz, Kunz, Kuntz, Kienzelmann, Kunze (alemão), Cohr, Keuneke, Keunemann, Keuntje, Kohneke, Konneke, Kunneke, Kohnemann, Koene, Keune (Holandês), Kuna, Kunes, Kunc (Czech), Kondratenkko, Kondratyuk (Ukrainian).
Desta forma, em tempos remotos, alguém cujo nome fora Konrad teve um filho o qual foi então conhecido como “Fulano Filho de Sr. Konrad”, o filho deste, ou melhor, neto do patriarca original simplesmente se utilizou do termo após o primeiro nome como forma de se identificar como descendentes daquele Sr., sendo conhecido então como “Sicrano Konrad”, o repasse de termo de geração em geração acabou por transformá-lo em um sobrenome familiar.
Através dos tempos, o sobrenome Konrad adquiriu várias variações, devido erros de grafia nos registros de cartórios ou igrejas: Kunrat, Conrad, Conrat, Kuonorad, Kuonorat, Kondrat, Konrath, Kunrath, etc....